segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Enuma Elish - Tábua V

Tábua IV <<< Tábua V >>> Tábua VI
  1. Ele construiu estâncias celestiais para os deuses,
  2. Alterou os padrões das estrelas, fez constelações e imprimiu suas imagens.
  3. Numerou os anos e fez divisões no tempo.
  4. E separou três estrelas para cada um dos doze meses.
  5. Depois de organizar o ano,
  6. Estabeleceu a estância celeste de Nibiru, para demarcar os intervalos das estrelas,
  7. Tal estância ninguém deveria transgredir.
  8. Próximo dali ele estabeleceu as estâncias celestiais de Enlil e Ea.
  9. E abriu portões de ambos os lados.
  10. E colocou ferrolhos poderosos de ambos os lados.
  11. Posicionou as alturas celestiais na barriga de Tiamat e no meio fixou o zênite.
  12. Ele criou e fez brilhar o deus Nannar e confiou-lhe a Noite.
  13. Ele o nomeou Joia da Noite para que marcasse os dias,
  14. E para que marcasse os meses exaltou-o com uma coroa.
  15. Ele disse-lhe: "Brilha e ilumina as terras no começo do mês,
  16. Resplandece com chifres para marcar os dias.
  17. No sétimo dia, tua coroa terá metade do tamanho.
  18. No décimo quinto dia, na metade de cada mês, fica em tua posição.
  19. Quando Shamash o vir no horizonte,
  20. Diminui-te de acordo com tuas fases e brilha ao contrário.
  21. No vigésimo nono dia, aproxima-te do caminho de Shamash.
  22. No trigésimo dia, fica em conjunção e desafia Shamash.
  23. Eu tenho [...] o sinal, siga seu caminho.
  24. Aproxima-te [...] faz teu julgamento.
  25. [...] Shamash, impede assassinato e violência.
  26. [...] a mim.
  27. [...]
  28. [...]
  29. [...]
  30. [...]
  31. [...]
  32. [...]
  33. [...]
  34. [...]
  35. Ao final [...]
  36. Deixe que venha o vigésimo nono dia [...]"
  37. Depois que ele [...] os decretos [...]
  38. A organização na frente [...]
  39. Ele fez o dia [...]
  40. Igualou o ano [...]
  41. No ano novo [...]
  42. O ano [...]
  43. Que seja regular [...]
  44. O ferrolho saliente [...]
  45. Depois que ele [...]
  46. Os vigilantes do dia e da noite [...]
  47. Da espuma que Tiamat [...]
  48. Marduk fabricou [...]
  49. Colocou tudo junto e formou as nuvens.
  50. A fúria dos ventos, tempestades violentas,
  51. A umidade da névoa - acumulação da saliva de Tiamat,
  52. Ele as tomou para si e segurou em sua mão.
  53. Colocou a cabeça de Tiamat na posição e derramou [...]
  54. Ele abriu o abismo e a encheu com água.
  55. De deus dois olhos ele fez nascer os rios Tigre e Eufrates.
  56. Bloqueou suas narinas e deixou [...]
  57. E fez montanhas distantes com seus seios.
  58. E fez canais para guiar os cursos d'água.
  59. Torceu o rabo dela e fez o Durmahu.
  60. [...] o Abzu abaixo de seus pés.
  61. Ele preparou a pele dela - que se estendia até os céus -
  62. Metade dela ele esticou e fez ficar firme como a terra.
  63. Depois de ter terminado seu trabalho dentro de Tiamat,
  64. Ele desamarrou sua rede e deixou tudo sair.
  65. E contemplou os céus e a Terra [...]
  66. [...] suas ligações [...]
  67. Depois de ter formulado suas leis e criado seus decretos,
  68. Ele prendeu rédeas e as colocou nas mãos de Ea.
  69. As Tábuas do Destino, que Kingu uma vez portara,
  70. Ele pegou como um troféu e presenteou Anu.
  71. O [...] da batalha que ele havia amarrado em sua cabeça,
  72. [...] ele trouxe diante de seus ancestrais.
  73. Agora, as onze criaturas que Tiamat havia criado e [...]
  74. Ele quebrou suas armas e amarrou-as a seus pés.
  75. Fez imagens delas e as colocou nos portões de Abzu.
  76. Para que servissem de lembrança daquilo que nunca deveria ser esquecido.
  77. Os deuses viram e ficaram cheios de alegria.
  78. Lahmu, Lahamu e todos seus ancestrais.
  79. Anshar abraçou-o e concedeu-lhe o título de Rei Vitorioso.
  80. Anu, Enlil e Ea deram-lhe presentes.
  81. Mãe Damkina, que o havia gerado, saudou seu filho.
  82. Vestiu-o com uma túnica festiva e fez seu rosto brilhar.
  83. A Usmu que estava ali segurando o presente dela,
  84. Ele confiou a jurisdição de Abzu e encarregou-o de cuidar dos lugares sagrados.
  85. Os Igigi se juntaram e todos fizeram reverências.
  86. Todos os Anunnaki beijaram seus pés.
  87. Todos se uniram para mostrar sua submissão.
  88. [...] eles curvaram-se e disseram: "Contemplem o Rei!"
  89. Seus ancestrais [...] e apreciaram sua beleza.
  90. Bel-Marduk ouviu seus louvores estando ainda coberto com a poeira da batalha.
  91. [...]
  92. Ungiram seu corpo com [...] perfume de cedro. 
  93. Ele se vestiu com sua túnica real.
  94. A coroa do terror era sua aura real.
  95. Ele pegou sua clava e a segurou na mão direita.
  96. [...] engasgou a seus pés.
  97. [...]
  98. [...] colocou seus pés.
  99. Ele colocou sobre [...]
  100. O cetro da prosperidade e sucesso ele segurou a seu lado.
  101. Depois ele [...] a aura.
  102. Ele adornou seu reino, o Abzu, com um terrível [...]
  103. Ficou colocado como [...]
  104. Em sua sala do trono [...]
  105. em sua cella [...]
  106. Cada um dos deuses [...]
  107. Lahmu e Lahamu [...]
  108. Abriram suas bocas e dirigiram-se aos deuses Igigi:
  109. Antes Marduk era nosso amado filho,
  110. Agora ele é vosso rei, obedecei vosso comandante.
  111. Depois todos eles falaram juntos:
  112. Seu nome é Lugaldimmerankia, confiai nele!"
  113. Quando eles deram o poder a Marduk,
  114. Eles lhe deram uma bênção de sucesso e prosperidade.
  115. "Daqui para frente tu serás o protetor de nosso santuário.
  116. O que quer que comandes, nós faremos."
  117. Marduk abriu sua boca para falar,
  118. E dirigiu-se aos deuses seu ancestrais:
  119. "Acima de Abzu haverá a casa da esmeralda,
  120. Que é o reflexo de  E-sara, e a qual eu construí para vós,
  121. Abaixo dos domínios celestiais, onde fiz o chão firme,
  122. Eu construirei uma casa para ser minha luxuosa morada.
  123. Dentro dela eu farei um santuário.
  124. Lá eu estabelecerei a sede do meu reinado.
  125. Quando vierdes das profundezas do Abzu para se reunirem,
  126. Lá será vosso lugar de descanso antes das assembleias.
  127. Quando descerdes dos céus para se reunirem,
  128. Lá será vosso lugar de descanso antes das assembleias.
  129. E o nome desse lugar será Babilônia, O Lar dos Grandes Deuses."
  130. E lá realizaremos um festival que será o festival do anoitecer.
  131. Os deuses, seus ancestrais, ouviram seu discurso,
  132. [...] eles disseram,
  133. "No que diz respeito a tudo isso que fizeste com tuas mãos,
  134. Quem tem teu [...]?
  135. No que diz respeito à terra que fizeste com tuas mãos,
  136. Quem tem teu [...]?
  137. Na Babilônia que nomeaste,
  138. Faça nosso local de descanso para sempre.
  139. [...] deixe que tragamos oferendas regularmente.
  140. [...]
  141. Qualquer um [...] nossas tarefas que nós [...]
  142. Aí [...] é labuta [...]
  143. [...]"
  144. Eles regozijaram [...]
  145. Os deuses [...]
  146. Ele que sabe [...]
  147. Ele abriu sua boca e mostrou-lhes a luz.
  148. [...] seu discurso [...]
  149. Ele fez grandioso [...]
  150. E[...]
  151. Os deuses curvaram-se e falaram com ele,
  152. Eles se dirigiram a Lugaldimmerankia, seu senhor:
  153. Antes, senhor, tu eras nosso amado filho.
  154. Agora é nosso rei [...]
  155. Ele que [...] manteve-nos vivos.
  156. [...] a aura da clava e do cetro.
  157. Que ele faça seus planos [...]
  158. [...] e nós [...]
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